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Lopes de Oliveira ― Camillo Castello Branco

Intellectuaes (II Camillo Castello Branco)

Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor. 1903. In-8º de 50 [aliás, 40],[II] págs. Br.

Segundo opúsculo da série, inteiramente consagrado a Camilo – de quem é reproduzido um conhecido retrato, em folha preliminar destacada de papel couché. O estudo, dizia Lopes de Oliveira no seu prefácio, é “um vago reflexo da profunda, fervorosa e apaixonada admiração que devo e tenho pelo maior prosador do meu paiz”; e faz anteceder a apreciação literária de Camilo de uma sua breve panorâmica biográfica, sobretudo dos tempos de juventude.

Exemplar em muito bom estado, irrelevando pequenos rasgões e marcas na capa.
 
14€

Veloso de Araújo ― Camilo em San-Miguel-de-Seide

Braga: Livraria Cruz – Editora. 1925. In-8º de 319, [1] págs. Enc.

Um dos mais extensos da vasta bibliografia passiva camiliana, com especial relevo para a história da pequena povoação e das suas gentes, da casa de Camilo (herdada pela mulher de Pinheiro Alves, cujas raízes familiares na terra são igualmente abordadas) e dos seus primeiros tempos já como Casa-Museu à entrada da década de 1920, o volume reúne depoimentos da «tradição» popular e documentos ainda inéditos do acervo reunido por Ana Plácido e deixado em grande parte à neta, Raquel Castelo-Branco, que viria mais tarde a publicar também, em nome próprio, muitos deles; integrando fotogravuras várias em folhas destacadas de papel couché e a reprodução fac-simile de muitas das cartas referidas, algumas delas numa série de folhas desdobráveis, à parte e por numerar, no final.
 

Exemplar do 2º milhar, revestido de uma boa encadernação com lombada e cantos em pele gravada a ouro, conservando a bela capa de brochura e só de leve aparado à cabeça; em muito bom estado.
 
30€

Oldemiro César ― Camilo e o Amor de Perdição

Editorial Domingos Barreira. Pôrto. (1947). In-8º de 218, [6] págs. Br.
 
Apesar do que possa indiciar o título, o livro não é uma monografia dedicada ao principal romance de Camilo – ainda que dele tratando dois capítulos em exclusivo –, mas um estudo de mais amplo escopo com apontamentos vários para a biografia do escritor. Ilustrado em folhas à parte de papel couché, o volume apresenta ainda, a terminar, uma longa folha desdobrável reproduzindo em fac-simile o manuscrito do Amor de Perdição, na passagem em que era narrada a morte de Simão; e inclui, também no fim, uma «Breve Antologia Camiliana» e bibliografia.

Exemplar bem conservado, sem defeitos significativos: apenas o ligeiro envelhecimento da capa e alguns vestígios de acidez ao longo do volume.
 
20€

Cartas de Camillo Castello Branco

Cartas de Camillo Castello Branco (Colecção, Prefácio e Notas de M. Cardoso Martha)

H. Antunes & C.ª – Editores/Rio de Janeiro – M.DCCCCXXIII. In-8º de 206, [2] págs. Br.

Enviadas a gente tão vária como Herculano, Chardron, Soares de Passos, João de Deus, Joaquim de Araújo, Maria Amália Vaz de Carvalho, etc., o volume reúne um total de 26 cartas, algumas delas então ainda inéditas; e apresenta como útil «anexo» uma pequena biografia de cada um dos correspondentes em causa, redigida por Cardoso Marta – que, em compensação e ao contrário do indicado no sub-título, não compôs prefácio algum, ou teria ele sido esquecido – e inserida numa coluna marginal. Capa ilustrada na frente por um retrato a óleo do romancista executado pelo conhecido pintor, ilustrador e professor de Belas-Artes portuense Alberto de Sousa.

Exemplar um quanto desgastado na capa, já com alguma fragilidade; no miolo, ainda muito razoável, apenas pontuado por algumas marcas de acidez.
 
16€

Cartas de Camillo Castello Branco

Cartas de Camillo Castello Branco (Com um prefacio e notas de Silva Pinto)

Lisboa: Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão (5, Largo de Camões, 6) – 1895. In-8º de 162 págs. Enc.

O prefácio do antigo opositor é expansivamente encomiástico, explicando entretanto que apenas publicava quarenta das setenta e duas cartas de Camilo que conservava em seu poder; com a data de 1 de Junho, quinto aniversário do suicídio do “Primacial Mestre”, informa-nos de que por então se discutia a possibilidade da transladação dos restos mortais do romancista para o Panteão Nacional.

Exemplar revestido de boa encadernação totalmente em pele, gravada a ouro na lombada sobre casas abertas e nos filetes a toda a volta das pastas; pele que porém está já um pouco corroída na dita lombada, a qual também por isso apresenta uma pequena abertura no pé. Aparado à cabeça e semi-aparado na margem lateral. Conserva por inteiro a bonita capa de brochura, composta como o volume na tipografia de Matos Moreira.

34€

Rocha Martins ― Os Romanticos Antepassados de Eça de Queiroz

Editorial Inquérito, 1945. In-8º de 285, [3] págs. Br.
 
Ilustrado em folhas destacadas de papel couché, o livro confere particular destaque ao pai de Eça, o juiz Teixeira de Queirós, sendo um capítulo exclusivamente dedicado a dois processos célebres julgados no Porto: o do Conde do Bolhão e o do par romântico Camilo Castelo Branco / Ana Plácido.
 
Exemplar em bom estado, mas ligeiramente marcado por acidez e com um pequeno rasgão no pé da capa, sobre o encaixe.
 
14€ (reservado)

Romantismo e Bibliotecas


Nem toda a gente saberá que Camilo Castelo Branco, como Fernando Pessoa, foi um frustrado bibliotecário. De Pessoa, toda a gente sabe tudo, e que concorreu a um lugar na biblioteca de Cascais - bem próximo da Boca do Inferno onde encenou aquelas fitas pseudo-esotéricas com Aleister Crowley. Como Camilo, em vão.
Vago o lugar de 2.º bibliotecário na então recente Biblioteca do Porto (à época, Real
Bibliotheca do Porto, e não Biblioteca Municipal do Porto), em São Lázaro, o romancista, em pleno escândalo adulterino com Ana Plácido, achou que não calharia mal uma profissão sossegada, confortável, de salário certo ao fim do mês - num sítio que conhecia bem, pois já o frequentara muitíssimo enquanto leitor. Vai daí, pediu a intercessão de um famoso antecessor no cargo: Alexandre Herculano, que a assumiu.
"Consta-nos que entre os concorrentes se apresenta o sr. Camilo Castelo Branco. Se no Porto há
um vislumbre de respeito ao talento, nem a câmara pode deixar de o apresentar ao governo como candidato, nem o governo de o revestir das funções que solicita."
 
O parecer de Herculano, num artigo de jornal que poucos terão lido, não serviu de muito, que já na altura valiam mais as graduações académicas e sobretudo as posições - a.k.a. «cunhas» - do que as efectivas aptidões. E as de Eduardo Allen, o nomeado, membro de uma importante família do burgo, falaram mais alto:
"O Allen é um mancebo muito recolhido. Tira bonitos riscos para bordados, e faz recortes muito
engenhosos para enquadrar imagens de santos. No art.º mulheres não há pecha que pôr-lhe. Este há-de ser o bibliotecário, porque é de esperar que não respeite a virgindade dos livros menos que a das mulheres" (Camilo, em carta a Herculano, de quem aliás se afastaria por causa deste episódio, após cometer uma inconfidência; é sabido que o carácter do mais novo, ao contrário do mais velho, não era nada perfeito...)
 
Para que se note bem o prestígio da jovem profissão naquela época, à frente de Camilo no concurso ficaram ainda senhores como o poeta ultra-romântico portuense Soares de Passos - tão apreciado, também ele, por Herculano.
Se é difícil, mas curiosíssimo, imaginar o que seria Camilo como bibliotecário, parece mais
fácil especular com o poeta do célebre "Vai alta a lua na mansão da Morte" - o cemitério do Prado [do Repouso], ali tão perto. Ia ser ele próprio a pedir o que hoje protestam os leitores mais tardios: abrir a biblioteca à noite. Nos intervalos do trabalho, uivaria e faria versos.
De qualquer modo, rezam as crónicas que o escolhido Allen até foi um bom bibliotecário. Menos
mal...  

Jacinto Baptista ― Alexandre Herculano, Jornalista

Livraria Bertrand  (Apartado 37 –) Amadora. (1977). In-8º de 190, [2] págs. Br.
 
Dedicado a José Rodrigues Miguéis e extravasando, ao contrário do que asseguram título e apresentação, a carreira jornalística do «Lobo do Vale», o livro pode bem considerar-se uma semi-biografia de Herculano, planando política e culturalmente sobre os tempos do nosso liberalismo – mas focando em grande parte, com interesse, a história da imprensa portuguesa do séc.XIX. Destaque para o último capítulo, uma antologia de textos publicados anonimamente pelo historiador-escritor-jornalista-etc. nas páginas de O Panorama e do Diario do Governo.  

Bom exemplar, parecendo por estrear.
 
10€

José Agostinho ― Alexandre Herculano

Casa Editora de Antonio Figueirinhas —— Deposito geral: Livraria Portuense, de Lopes & C.ª – Successor (119, Rua do Almada, 123 - Porto) – 1910. In-8º de 310, [2] págs. Enc.
 
Trabalho dado a público na colecção «Os Nossos Escritores», tendo em anteportada um conhecido retrato de Herculano.

Exemplar encadernado em percalina gravada a ouro na pasta superior e na lombada, não conservando a capa primitiva.
 
10€ 

Alexandre Herculano ― Historia de Portugal

Historia de Portugal desde o começo da monarchia até o fim do reinado de Affonso III, por A. Herculano / Oitava edição definitiva conforme com as edições da vida do autor, dirigida por David Lopes (Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) / Edição ornada de gravuras executadas sobre documentos authenticos debaixo da direcção de Pedro de Azevedo (Conservador do Archivo Nacional)

Livrarias Aillaud e Bertrand, Paris Lisboa. (Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro. – S. Paulo. – Bello Horizonte.). [S/d]. 8 tomos in-8º. Enc. em 4.
 
Edição decalcada da anterior (1914), que também temos, aproveitando os mapas e as gravuras escolhidos por Pedro de Azevedo.
Colecção completa, com os tomos encadernados aos pares, num total de quatro; tendo as encadernações lombada e cantos em pele, todos ornados a ouro, mas sem conservar – ao menos, de modo visível – as capas primitivas.
 
50€

Alexandre Herculano ― Composições Varias

Livraria Francisco Alves. (Na capa: Antigas Casas Aillaud e Bertrand, Lisboa). In-8º de 271, [5] págs. Br.

Entre inéditos e dispersos, de proveniência infelizmente não indicada pelo editor, o volume recolhe os estudos «Conversão dos godos ao catholicismo», «Instrucção publica», «Da educação e instrucção das classes laboriosas», «Aristocracia hereditaria», «Jurados», «Tumultos d’Evora», «A questão de Salvaterra», «A padeira d’Aljubarrota», «D. Francisco Manuel de Mello», «Do Christianismo» e «Memoria sobre a origem dos Livros de Linhagens». Primeira edição.

Exemplar em bom estado, mas com a capa já ligeiramente fragilizada.
 
18€ 

Alexandre Herculano ― Eurico o Presbytero

Eurico o Presbytero / trigesima segunda edição / (Edição definitiva conforme com as edições da vida do auctor, dirigida por David Lopes, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) / Com dois appendices

Livraria Bertrand | Livraria Francisco Alves. [S/d]. In-8º de 326, [2] págs. Enc.

Exemplar revestido de uma boa encadernação recente com lombada em pele, executada na prestigiada casa portuense Invicta ; conservando ambas as faces da capa original e até, curiosamente, ainda colado o talão de venda da Livraria Bertrand, com o preço marcado de 10$. Com uma assinatura de propriedade no anterrosto datada de 1936, mas que poderá não ser do proprietário original ou então ser mais tardia – porque suponho a edição (não datada) anterior em alguns poucos anos.
 
15€