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Agostinho Gomes ― Um rio separa os homens

Coimbra, 1957. (Composto e impresso na Tip. da Atlântida). In-8º de 151, [1] págs. Br.

Primeira edição, ilustrada por Lúcio na capa, que o exemplar tem já ligeiramente corroída; mal mais do que compensado pela dedicatória manuscrita que o autor nele apôs em 1971.

15€

Agostinho Gomes ― As Sombras dos Dias

As Sombras dos Dias (edições NAU)

Porto, 1967. In-8º de 78, [2] págs. Br.

Primeira edição, também já invulgar, e estando o exemplar – em cuidada condição – igualmente valorizado por uma dedicatória manuscrita de oferta assinada pelo próprio Agostinho Gomes.
 
15€

Ruben A. ― Silêncio para 4

Silêncio para 4 (romance)

Moraes editores. (1973). In-8º de 271, [3] págs. Br.

Publicada na colecção «círculo de prosa», foi a primeira edição do livro, cujo título se juraria ter muito directamente inspirado o de uma famosa banda pop actual cá da praia lusitana.

Exemplar normal no miolo, mas com rubrica de propriedade semi-rasurada no frontispício e algum envelhecimento precoce da capa – sobretudo, atrás, onde há mesmo uma ligeira marca de corrosão.
 
15€

Ilse Losa ― Aqui Havia uma Casa

Aqui Havia uma Casa (contos e novelas)

Portugália Editora, Lisboa. (1955). In-8º de 189, [7] págs. Br.

Estas pequenas histórias – salvo «O Sr. Leopardo», não tão pequena quanto isso – foram no livro agrupadas sob duas secções, «Fantasmas» e «Variações sobre Temas Alheios», sendo cada uma delas ilustrada em frontão ao alto das páginas capitulares por desenhos, a pena e tinta, de Pitum Keil Amaral. Primeira edição, já razoavelmente invulgar.

Exemplar ainda em bom estado geral no miolo, mas acusando ligeiro desgaste da capa (sobretudo, dois pequenos furos e leves marcas de esboroamento).
 
18€

Ilse Losa ― Nós e a Criança

Nós e a Criança (Segunda edição corrigida e aumentada)

Porto Editora, Lda. (Rua da Fábrica, 84) – Porto. [S/d]. In-8º de 196 págs. Br.

“Ilse Losa, no seu estilo aberto, claro, escreveu um verdadeiro método de educação infantil. Escreveu-o, porém, sem prosápias pedagógicas, citações enfadonhas ou infalíveis (e escusados) conselhos. Escreveu-o com talento maternal e, sobretudo, com muita ternura”. Foram alguns dos textos aqui englobados «Como falar às crianças», ««Donde vêm os meninos?»», «Haverá crianças realmente cruéis?», «Nasce um irmão!», «Madrastas, padrastos e enteados», «Um problema a resolver: a literatura infantil», «O que lêem os nossos adolescentes?», ««Escrever bem»», «Arte infantil ao serviço da literatura?».
 
10€

Ex-Libris (III): Moreira da Costa

Não é só das comercialmente mais bem situadas, é ainda uma das mais castiças (e antigas, somando várias gerações consecutivas) livrarias do Porto, daquelas que nenhum livreiro se importaria de remoer, encantado pela sobreloja em dossel que ao alto o cercaria. O único defeito evidente a apontar-lhe será mesmo este, o ex-libris, cujo dístico reza assim: "mesmo velho, é um bom amigo". Ora, se tal advérbio já pareceria inapropriado no caso humano (lembro por exemplo, aliás com saudade, o meu amicíssimo avô, abraçando-me risonho de cada vez que lhe entrava pela casa dentro fosse a que hora fosse: e não há, podem crer, nenhuma amizade jovem que valha isto), mais impertinente parece tratando-se de livros, que só não substituem no nosso adágio o vinho do Porto porque a lusa raça sempre foi mais dada à bebida do que à leitura. Dos novos, poucos livros têm graça. Dos velhos - já para não falar dos antigos, propriamente ditos - quase todos a têm. É até possível que daqui por cem anos alguém folheie o lixo que hoje se edita com o condescendente sorriso que fazemos ao pegar naquelas altamente improváveis brochuras de 1915: não as da Grande Guerra, mas as que, entre outras maravilhas, ofereciam receitas para as mulheres perderem a barba (juro que não estou a inventar).

Ramalho Ortigão ― O Culto da Arte em Portugal

O Culto da Arte em Portugal / (Monumentos architectonicos – Restaurações – Desacatos – Pintura e esculptura – Artes industriaes – O genio e o trabalho do povo – Indifferença official – Decadencia – Anarchia esthetica – Desnacionalisação da arte – Dissolução dos sentimentos – Urgencia de uma reforma)

Lisboa: Antonio Maria Pereira, Livreiro-Editor (50 – Rua Augusta – 52) ― 1896. In-8º gr. de [8], 176 págs. Enc.

Primeira edição, já rara.

Exemplar revestido de uma boa encadernação recente com pastas em marmoreado e cantos e lombada em pele gravada a ouro, tendo a lombada ainda, entre duas das casas abertas, rótulos também em pele que a sobre-recobrem; não conservando a capa primeva. Aparado e carminado à cabeça, estando as restantes margens por aparar.
 
45€

Ramalho Ortigão ― Quatro grandes figuras literárias

Quatro grandes figuras literarias: Camões – Garrett – Camilo e Eça (2.ª Edição)

Emprêsa Literária Fluminense, L,da (125, Rua dos Retroseiros, 125) / Lisboa. In-8º de 185, [3] págs. Br.

Ocupa praticamente dois terços do volume o texto sobre Camões, nem mais nem menos o conhecido prefácio à edição do tri-centenário promovida pelo Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro; também ainda extenso o dedicado a Camilo, esse como prefácio da edição monumental do Amor de Perdição; sendo os outros dois meros discursos circunstanciais (pedido de transladação dos ossos de Garrett para o Panteão e leitura feita na inauguração do monumento a Eça em Lisboa), mais retórica que outra coisa.
Edição inaugural da série «Obras completas de Ramalho Ortigão».
 
12€

Ramalho Ortigão ― Em Paris

Emprêsa Literária Fluminense, L.da (125, Rua dos Retroseiros, 125) / Lisboa. In-8º de 263, [1] págs. Br.
 
“Hoje em dia um viajante que se não apeie d’um balão com notícias da lua, precisa de nos ser muito simpatico para o não termos por um semsaborão quando vier contar o que viu. Este mundo está visto e revisto.”, avisava Ramalho ainda a bordo, tendo depois já em terra firme composto os capítulos «No asfalto parisiense», «Uma visita a Ferdinand Denis», «O doutor Véron – O necrologio – Os cabeças de turco», «Jantares e jantantes», «A parisiense», «Ponson du Terrail», «O «petit crevé»» e «A mocidade».
 
10€

Hemetério Arantes ― Ramalho Ortigão

1915 – Livraria Ferreira, Ferreira L.da – Editores / Lisboa. In-8º gr. de 36, [2] págs. Enc.

Dedicado a Sabugosa e a António Cândido – ainda dois «Vencidos da Vida» –, o ensaio, palavrosamente monótono e bastante escusado, parece pretender uma qualquer coroa de glória na hipótese que alega de mesmo os que toma, em disparate, como mais encarniçados iconoclastas de uma época (o próprio Ramalho, Eça, Junqueiro, Oliveira Martins, Antero, Fialho, etc.; ficando por perceber como caberiam o terceiro e o quinto na tese...) se converterem, com a maturidade e a senescência, ao princípio conservador, quando não mesmo monárquico e católico; parecendo também ter sido escrito e publicado mais para fazer «currículo» do que outra coisa, qualquer que fosse. Posto tudo o dito, invulgar.

Exemplar encadernado em percalina gravada a ouro sobre a lombada, com a frente da capa original.
 
 
15€

Júlio de Sousa e Costa — Ramalho Ortigão: Memórias do seu Tempo

Edição Romano Torres ―― Lisboa. [S/d]. In-8º de 220, [4] págs. Br. 
  
 
Destas memórias, redigidas por alguém que dizia ter convivido de perto com o escritor entre 1895 e 1915, ano em que morreu, foram os capítulos «Os políticos do seu tempo», «Ramalho duelista», «O crítico», «Ramalho e o seu amigo Eça de Queiroz», «Ramalho e Camilo», O Conselheiro Pacheco», «O Rei, seu amigo», «Ramalho e João Franco», «Os «Vencidos da Vida»», «Guerra Junqueiro», «Após o «Cinco de Outubro»», «Os detractores», «A Juliana do «Primo Basílio»», «O «Padre Amaro» e as opiniões de Ramalho», «As «Farpas»» e «Nos últimos anos». Extra-texto, reproduz-se uma fotografia dos Vencidos da Vida (dada como completa, com os onze cavalheiros, menos conhecida do que aquela em que aparecem dez; uma e outra, sem Antero, que aparece na mais famosa de todas, com os cinco elementos mais célebres: ele mesmo, Eça, Oliveira Martins, Junqueiro e o próprio Ramalho).

Bom exemplar, sem defeitos significativos, só a capa estando ligeiramente marcada por acidez. 


15€

História do Futuro (VI)

A doença da escrita, o mal d'écrire, como lhe chamam em França, ataca indistintamente toda a gente, sem diferença de idade, nem de sexo, nem de caligrafia, nem de coisa nenhuma, - pessoas vacinadas e por vacinar, livres do recrutamento ou ainda sujeitas ao tributo de sangue, com folha corrida ou sem haverem corrido essa folha, sãos como sãos, doentes como doentes, em maca, ou pelo seu pé. É a grande epidemia cerebral do nosso fim de século, caracterizada pelas hemoptises da tinta, pelo vómito negro da prosa. E o grande horror deste contágio, é que o contaminado engorda na mesma peçonha que destila, e, maçando em tão prodigiosa maneira os outros, nem morre, como tanto seria para desejar, nem sequer sofre nada ele mesmo; antes se tem notado, com estupefacção, que quem pior escreve melhor passa!
 
Ramalho Ortigão, «Carta a D. Guiomar Torrezão», 1892 (Almanach das Senhoras para 1893). A prosa é de há 123 anos. Não viu o homem da missa a metade. A bem dizer, não viu nem um décimo.

António Cruz ― Vélho Burgo

Vélho Burgo (alguns aspectos, figuras e casos do Porto Antigo)
 
Livraria Simões Lopes, Porto. (1953). In-8º gr. de XXIII, [I], 143, [3] págs. Br.
 
“Um roteiro do vélho Porto há-de ser um desfiar continuado e vivo dos muitos feitos da gente da terra, qual deles o mais nobre e cada um evocado no sítio próprio. De modo que um roteiro assim não será mais que uma evocação constante, ungida toda ela de graça e beleza. Há-de ser o palco animado e alacre da vida de muitos séculos, – daquela vida singular que se desenrolou e foi vivida para lá da cerca das muralhas construídas em épocas diversas”. Alguns dos capítulos: «Quando o Porto socorreu Lisboa (1384)», «O Infante da Ribeira», «Pero Vaz de Caminha, cidadão do Porto», «Evocação do Poeta Dirceu», «Touradas no Porto em 1793», «Das barcas-de-passagem à ponte pênsil», «Memórias do Porto setecentista»; sendo os quatro finais dedicados a Roquemont, Ramalho, Junqueiro e Agostinho de Campos.
 
Embora de resto bem conservado, prejudica o exemplar uma praticamente omnipresente marca de humidade à cabeça das folhas.
 
15€

António Cruz — Tomás António Gonzaga

Tomás António Gonzaga: algumas notas biográficas e outras páginas, por António Cruz

MCMXLIV - Livraria Fernando Machado. In-8º de 71, [1] págs. Br.

Edição original de um dos poucos estudos que em Portugal se votaram ao autor de «Marília», aqui dedicado a António Ferro e inaugurando a série «Figuras Literárias do Pôrto». Ilustrado em folhas extra-texto de papel couché por gravuras com a reprodução de estampas várias (um retrato de Gonzaga e duas vistas de Miragaia nos sécs. XVIII e XIX), do assento de baptismo e da casa de nascimento do biografado, o livro, à parte o lado mais propriamente biográfico, interessa muito pela evocação histórica do Porto dessa época - explicava António Cruz no prefácio que as notas aqui deixadas resultaram justamente de apontamentos avulsos tomados nas suas investigações acerca da história da cidade.
 
Exemplar valorizado por uma dedicatória manuscrita de oferta de Cruz "Ao António Brochado, com um abraço de bôa amizade e com a mta. admiração pelo seu belo espírito".
 
23€

Artur de Magalhães Basto — Silva de Historia e Arte (Notícias Portucalenses)

Silva de Historia e Arte (Notícias Portucalenses) / Mestres de pedraria, carpintaria, escultura e ensamblagem. Pintores. A Sé do Pôrto e seus anexos. Mosteiros. Igrejas e Capelas. A Tôrre de Pero Sem. Calmels e o monumento a D. Pedro IV. O Pôrto como meio musical.

Editora – Livraria Progredior de Manuel Pereira & C.ª. Pôrto. In-8º gr. de VI, [II], 359, [1] págs. Br.

Primeira edição, já consideravelmente invulgar, de um livro fundamental para a bibliografia do Porto. Além de todos os muitos capítulos incluídos nas secções indicadas no complemento de título, apresenta ainda mais três num apêndice final: I – Documentos quatrocentistas a respeito da Capela de João Gordo; II – A Foz do Douro, couto do Mosteiro de Santo Tirso; III – A «Tôrre de Pero Sem». Numerosas estampas alusivas foram gravadas em folhas destacadas de papel couché.
 
Bom exemplar, sem defeitos dignos de realce.
 
30€

Bernardo Xavier Coutinho — Sousa Viterbo

F. M. de Sousa Viterbo: O Homem - A Obra - A sua Lição

Círculo Dr. José de Figueiredo (Palácio dos Carrancas - Rua de D. Manuel II), Porto. (1947). In-4º peq. de 34, [2] págs. Br.

O opúsculo reproduz o texto da conferência em homenagem ao polígrafo portuense, tendo na capa colada uma gravura com o retrato que dele foi composto por Agostinho Salgado. Tiragem de 500 exemplares numerados - coube a este o nº 87 - e, se assim todos, assinados pelo autor, com indicação de oferta sem o nome do destinatário.

17€