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João Grave ― O Passado

O Passado: História leve e fantasia

Porto, Livraria Chardron de Lélo & Irmão, Lda. – Editores. 1927. In-8º de 274, [2] págs. Enc.

Terceira edição, última corrigida pelo autor e, por isso, definitiva, de um livro muito interessante para a bibliografia portuense, incluindo capítulos dedicados ao Mosteiro de Leça, ao bairro da Sé, ao Convento de Santa Clara, à capela da Batalha, à ponte das Barcas e à cidade do tempo das invasões francesas, aos Bravos do Mindelo, ao Teatro S.João, ao vinho do Porto, às «figuras portuenses», a Garrett, etc. – começando logo o primeiro com o engraçado relato de um passeio pela Rua da Restauração, a lamentar a transformação do Convento de Monchique, celebrizado pelo Amor de Perdição de Camilo, numa fábrica de … rolhas de cortiça. Dedicatória impressa a Ricardo Malheiros.

Exemplar da série encadernada pelos editores em percalina, com gravações a ouro e sobrecapa ilustrada (que falta já quase sempre, mas que este ainda mantém). Por estrear, em condição quase impecável.
 
15€

A Duquesa de Fermil: Alma Brigantina

Depositário e distribuidor: Saul A. Leão, Porto. [S/d]. In-8º de 257, [3] págs. Br.

Edição do autor (Augusto Davim), de restrita tiragem, ilustrada no texto ao longo do volume por trabalhos artísticos vários e uma fotogravura representando a personagem no solar de Fermil.

Exemplar em muito bom estado, só com ligeiro desgaste da capa.

15€

Rosto, fronte, frontispício, pórtico, portada, etc.

Tradicionalmente, é a folha de rosto o «salão nobre» do livro, onde consta, quase sempre, a indicação do título e da editora; sendo também frequentes nome do autor e data de edição; e podendo apor-se-lhe tudo o que bem aprouver (simbologia nobiliárquica, tontices e efeitos cómicos de vário tipo e ex-libris e emblemas do escritor ou da casa editora eram comuns, por essa ordem, até finais do séc.XIX, início e meados do XX; mas estão hoje em desuso, se se fala dos principais - e cada vez mais carneirinhos, graças a deus - nomes da edição portuguesa).
Frontispício das «Cartas ao
Muito Reverendo em Christo
Padre Francisco Recreio (...)
Por Um Moribundo.». O
«Moribundo» era Herculano, que
então (1850, em sequência da
publicação da sua «Historia
de Portugal») voltava à carga
na famosa polémica «Eu e o Clero».
O melhor modo  de dar uma ideia da importância dela é lembrar que, mandam as regras bibliográficas, em caso de discrepância  entre os dizeres  respectivos e os da própria capa, devem prevalecer aqueles. (Fazia isto cá todo o sentido até meio, 3/4 do  séc.XIX, quando literatura e edição  sofrem um valente abano, porque  sucedia com frequência o livro não ter sequer uma capa, como hoje a entendemos: havendo amiúde  apenas uma folha incaracterística, em papel de embalagem ou outro qualquer, sem  nenhum vestígio de impressão, a revestir a brochura; que, às vezes, era publicada só, de todo despida. Com o tempo, a norma tornou-se, em parte, obsoleta, por muito ter  a importância da capa, evidentemente, aumentado entretanto. Quando a data desta e a do rosto são distintas, por exemplo, parecerá de bom senso preferir a primeira para aferir da publicação, por a execução ser aí, com poucas excepções, posterior à da impressão do volume, sobretudo se é mesmo isso que se anuncia. Enfim, minudências agora, em plena era digital, cadastro para tudo e mais alguma coisa, residuais, porventura  sobrando a propósito de editoras marginalíssimas e que se recusem a apresentar, ao menos,  qualquer  site  na  web. Conjunção bastante improvável)    

Trevelyan ― História da Inglaterra

História da Inglaterra por George Macaulay Trevelyan (Tradução, notas e prefácio pelo Dr. Vitorino Magalhães Godinho)

Edições Cosmos. Lisboa – Portugal. (1945-1946). 2 vols. in-4º de 407, [9] e 435, [1] págs. Enc.

Edição publicada na série «A Marcha da Humanidade», que precisamente inaugurava e de que Magalhães Godinho aproveitava o título para o seu prefácio, nele se lamentando de a não poder fazer servir “para revelar o trabalho dos historiadores portugueses”, por não haver então – como quase não ainda hoje – especialistas nacionais que o não fossem em exclusivo da História de Portugal. O longo, e mesmo agora reputadíssimo, estudo de Trevelyan divide-se nos livros principais «A amálgama de povos. Dos tempos primitivos à conquista normanda», «A construção da nação. Da conquista à reforma», «Renascimento, reforma e poder marítimo», «A era Stuart – liberdade parlamentar e a expansão ultramarina», «De Utrecht a Waterloo. Poder naval e aristocracia. Primeira fase da revolução industrial» e «Os últimos hanoverianos. O poder naval na idade da máquina. A transição para a democracia»; acompanhados de mapas vários, um deles a cores e desdobrável logo no início do primeiro volume.

Exemplar da série encadernada pelo editor em tela (com uma pequena fissura na pasta superior do segundo volume, aparentemente devida a traça, daí porém não tendo passado), revestida por uma sobrecapa de papel, ilustrada, que ainda conserva. Em muito boa condição geral, apresentando o papel só ténues e esporádicos vestígios de acidez.
 
28€

Himno da Cidade do Porto

Himno da Cidade do Porto, por Jacinto Figueiras e Maximiano Ricca / approvado officialmente pela Ex.ma Camara Municipal / Offerecido e editado pela Tuna Orquestra da União dos Empregados de Commercio do Porto

Tipo-Litografia Minerva – Porto. [S/d]. Folio único; [4] págs.
 


  São já  raros os exemplares que  vão aparecendo desta bela folha volante, ilustrada por «Raul», na frente a cores (as da bandeira republicana) e com algum apuro Art-Deco ; conservando-se este em condição ainda bem apreciável, embora já prejudicado por dois pequenos rasgões nas extremidades de cada uma das faces do folheto. A música de Figueiras é apresentada no interior em pauta à folha inteira e a canção de Ricca, torneada também (como a frente, mas esta a quase toda a volta) por um friso com motivos vegetais à cabeça e ao pé, atrás.
 
40€

Um anti-decreto afonsino

De Afonso Lopes Vieira [1878-1946], muito tradicionalista (não, não  se fala aqui de praxes) toda a vida, ficaram  famosos  alguns dos versos satíricos, improvisados durante as  aulas em Coimbra, com que  ia dando o sal possível aos anos de vida académica. Pascoaes, Augusto Gil, Faria e Maia e gente vária, colegas de curso ou não, deixaram à posteridade  exemplos, reproduzidos com maior ou menor rigor. Aqui uma quadra (dela dava conta Diamantino Calisto  in Costumes Académicos de Antanho), de impecável métrica, que por muitos anos teria persistido na «tradição oral» da universidade coimbrã - sobretudo, naturalmente, na Faculdade de Direito. Dizia-a Calisto dedicada a um  Guimarães Pedrosa, catedrático da casa.

Decretos e mais Decretos
De Decretos não se farta,
Só não cita aquele que o mande
Pro grão raio que o parta 

José Gomes Ferreira ― Os Segredos de Lisboa

Lisboa, Edições Tempo. [S/d - 1966?]. In-8º de 35, [1] págs. Br.

Opúsculo publicado na colecção «Tempo de Ficção», da qual foi o quinto título a sair.
 
Exemplar bem cuidado, parecendo ainda por estrear.
 
15€
 

José Gomes Ferreira ― Os Segredos de Lisboa

Lisboa, Edições Tempo. [S/d - 1966?]. In-8º de 35, [1] págs. Br.

Opúsculo publicado na colecção «Tempo de Ficção», da qual foi o quinto título a sair.
 
Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pelo próprio José Gomes Ferreira.
 
15€

Miguel Torga ― Portugal


Coimbra, 1950. In-8º de 135, [3] págs. Br.

Edição primitiva de um dos títulos mais celebrados do autor, havendo textos dedicados a «O Minho», «Um Reino Maravilhoso (Trás-os-Montes)» (viria a conhecer edições independentes, mais tarde), «O Doiro», «O Porto» (este tivera já edição anterior), «A Beira», «Coimbra», «O Litoral», «A Estremadura», «As Berlengas», «O Ribatejo», «Lisboa», «O Alentejo», «O Algarve» e «Sagres».
 
Exemplar em boa condição, sem falhas significativas a destacar.  
 
45€

O Tempora, O Mores...


Saibamos que a primeira e principal virtude da língua é ser clara e que a possam todos entender e para ser bem entendida há-de ser a mais acostumada entre os melhores dela e os melhores da língua são os que mais leram e viram e viveram.
 
(Da Grammatica da Lingoagem Portuguesa de Fernão de Oliveira, a primeira publicada, em 1536, que por cá se conhece)
 
 

História e Técnica dos Tapetes de Arraiolos

História e Técnica dos Tapetes de Arraiolos, por Fernando Baptista de Oliveira

(Quarta Edição, Revista pelo Autor). Lisboa, 1983. In-4º de 417, [3] págs. Br.
 
Edição revista e ampliada, com centenas de ilustrações a cores e p/b ao longo do volume, reproduzindo espécimes  diversos e aspectos de pormenor. São alguns dos «Tópicos» deste conhecido trabalho «Tapetes Portugueses anteriores aos de Arraiolos», «Bordado de Arraiolos e sua origem», «Quem fez os primeiros Tapetes de Arraiolos?», «Influência Persa na manufactura arraiolense», «Cem Tapetes de Arraiolos dos séculos XVII, XVIII e XIX», «Exemplos de estilização», «Como se faz um Tapete de Arraiolos», «Desenhos de centros, barras, ornatos e motivos», «Tapetes Orientais e Tapetes Espanhóis».

Exemplar com leve desgaste exterior, tendo a capa já ligeira folga em relação ao volume (que no miolo se conserva, porém, ileso).
 
25€

Papéis 97

Lisboa, Combate. 1997. In-4º de 203, [5] págs. Br.  
 
Publicação – salvo erro, única neste número inaugural, que não  parece ter sido continuado – promovida pela predecessora revista esquerdista Combate  sob a coordenação de Francisco Louçã e João Paulo Cotrim, numa edição da «Cotovia» com tiragem de 1200 exemplares cartonados. Reúne textos (ensaios, sobretudo) de Eduarda Dionísio, Eduardo Prado Coelho, Luís Branco, Fernando Sobral, João Martins Pereira, Daniel Bensaïd, Francisco Louçã, José Tolentino Mendonça e João Paulo Cotrim, além de uma reportagem fotográfica  de João Francisco Vilhena e uma banda desenhada de Yvan Alagbé.
 
Exemplar novo, a estrear.
 
10€

«Architecture»: Gustav Eiffel

Gustav Eiffel, par Bertrand Lemoine

Fernand Hazan (1986). In-8º gr. de 136 págs. Br.

Fez a editora – que destacava a carreira de Eiffel como espécie de pré-história da modernidade, «floresta» escondida por uma só árvore, a da torre que ao arquitecto tomou o nome – compor o volume na parisiense Proconcept e imprimi-lo na barcelonense Grafos, Arte sobre Papel. O livro, aqui em primeira reimpressão na mesma colecção Architecture, integra, além do texto principal de Lemoine, no fim as secções complementares «Chronologie», «Liste des réalisations d’Eiffel» e «Sources et sélection bibliographique»; e o que nele sobremaneira interessará o leitor comum talvez seja o repositório de fotogravuras, com imagens de época que, no caso da Torre, chegam a ser exaustivas, abrangendo todas as fases da construção (para o leitor portuense, há também algumas da da ponte D. Maria Pia, acompanhadas de um texto com a resenha do processo que apresenta pormenores bem curiosos).
 
Exemplar por estrear.
 
10€

«Architecture»: Frank Lloyd Wright

Frank Lloyd Wright, par Daniel Treiber

F. Hazan (1986). In-8º gr. de 133, [3] págs. Br.

Volume também publicado na boa colecção Architecture, este, impresso na parisiense Blanchard com fotogravuras da barcelonesa Cromoarte. A editora, em nota preliminar, dizia-o a primeira monografia dedicada ao arquitecto norte-americano saída em França. São as secções principais «Une nouvelle maison», «Discipline et invention» e «La poétique wrightienne».

Exemplar por estrear.

10€

Kafka, cá fica

Parece uma anedota, e não é. Há  tempos, numa daquelas rápidas entrevistas televisivas em modo «flash», perguntava-se a um qualquer dito notável - daqueles que só quem ligue à nossa televisão notará - o que andava ele a ler. "Kafka", respondeu. Sim, mas qual Kafka, voltou a perguntar-se. "Kafka", respondeu de novo, impávido, o homem. Sim, mas que livro?, insistiu ainda o entrevistador. "Kafka !", já algo impaciente, a  cultivadíssima «figura pública». O perguntador (sentindo-se quase n'O Processo, talvez) desistiu.

Kafka seja.

Postais de Vila Nova de Famalicão

Postais ilustrados de Vila Nova de Famalicão. / Edição: Vila Nova – Comunicação e Publicidade, Lda. / Concepção e Coordenação: Alcino Monteiro / Fotografias: José Lobo / Impressão: Inova-Artes Gráficas – Porto

(Na capa, ilustrada por um desenho a tinta de João Maia: «Vila Nova de Famalicão: Entrada Principal do Minho (Uma porta sempre aberta para bem receber!»)

Os postais têm reproduzidos aspectos gerais e parciais da Igreja de S. Tiago de Antas, de Igreja e Mosteiro de Landim, da Igreja do Mosteiro de Arnoso de Santa Eulália e da Igreja do Mosteiro de Oliveira Santa Maria (dois dedicados a cada um dos complexos, salvo o de Landim, que tem três; num total de nove).

8€ 

Alberto Pimentel - As alegres canções do norte

As alegres canções do norte (Summario: Paizagem e alma do Minho – Aspectos da natureza e da vida – Filões poeticos do vocabulario minhôto – As danças aldeãs – Origens mythicas da Caninha Verde – Aventuras domjuanescas do Malhão – Trabalhos agricolas – Folgas e folias – Peregrinações torrentuosas – A do Sameiro em 1904 – Espectaculo formidavel de um exercito de crentes – Romarias e arraiaes – Noite de S. João – Sua relação com o culto solar – O Natal, a consoada, as janeiras, os Reis Magos e os autos hieraticos.

Lisboa – Livraria Viuva Tavares Cardoso (5 – Largo de Camões – 6), 1905. In-8º de [4], 287, [3] págs. Enc.

Primeira edição do livro, que tem por secções «A genése das canções», «Inventario do material poetico», «Choreographicas», «Trabalhos e folgas», «Peregrinações e romarias», «Noite de S. João», «O Natal».

Exemplar coberto por encadernação relativamente frugal, tendo a lombada em percalina revestida por um rótulo de pele  em que foram gravados, a ouro, nome do autor e título. As folhas iniciais apresentam-se com desgaste e alguns pequenos restauros.
 
25€

Alberto Pimentel - A triste canção do sul

A triste canção do sul (subsídios para a história do fado)

Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor (158 – Rua da Prata – 160) – 1904. In-8º de 302, [4] págs. Enc.

Ainda hoje de referência, divide-se o estudo nos capítulos «Origens do Fado», «Fadistas», «Os assumptos do Fado», «A Severa e o Conde de Vimioso», «Fados de nomenclatura – Fados litterarios», «Bibliographia musical do fado». Primeira edição, a mais apreciada e valiosa.

Exemplar bem cuidado e revestido de boa encadernação com lombada em pele (ligeiramente puída sobre o encaixe) gravada a ouro, conservando a capa primitiva em ambas as faces.
 
40€

Scriptorium (V)

Se eu ficasse aqui, indefinidamente a escrever,
transformar-me-ia num tecido puído; desfeita quando
alguém, ou alguma coisa, me tocasse, deixando apenas
poeira com o brilho das palavras e dos seres
 
Jodoigne, 31 de Dezembro de 1976 - in Finita (Diário 2)
 
Maria Gabriela Llansol

Alguns Problemas Capitais da Metafísica

Alguns Problemas Capitais da Metafísica (com especial referência à crítica de Kant) / Tradução Portuguesa pelo dr. P. Luís Feliciano dos Santos (Professor de Filosofia no Colégio Franciscano em Tuy)
 
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1931. In-8º de XVI, 227, [1] págs. Br.
 
Depois do prefácio a esta edição portuguesa e do próprio do autor (Joseph Geyser), são alguns dos capítulos/“problemas capitais” «O problema da cognoscibilidade do transcendente», «Do ser ideal e do ser possível», «Kant e as provas da existência de Deus», «As concepções de Kant acêrca do conhecimento da alma», «O nosso conhecimento da alma», «Discussão metafísica da liberdade». O livro foi publicado na série «Filósofos e Moralistas».
 
7€